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Com o início de junho, os mercados globais se deparam com uma agenda econômica repleta de eventos, especialmente nos Estados Unidos, que podem influenciar significativamente os ativos financeiros. Nos próximos dias, serão divulgados dados relevantes sobre o mercado de trabalho norte-americano, incluindo os relatórios JOLTS, ADP e o payroll, além do Livro Bege, que oferece uma visão abrangente da economia dos EUA. Essas informações são fundamentais para avaliar a saúde do mercado de trabalho e podem impactar as expectativas em relação à política monetária do Federal Reserve.
No Brasil, embora a agenda econômica esteja mais enxuta, destacam-se a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal pelo IBGE e o Índice PMI da indústria de transformação, fornecido pela S&P Global. Esses indicadores são essenciais para compreender o desempenho do setor industrial brasileiro e suas perspectivas futuras. Diante desse cenário, é crucial analisar tecnicamente os principais ativos financeiros, como Ibovespa, dólar futuro, Nasdaq, S&P 500 e Bitcoin, para identificar possíveis movimentos e oportunidades no mercado
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Análise técnica do Ibovespa
O Ibovespa segue com viés altista no médio prazo, mas no curto prazo começa a dar sinais de exaustão após renovar o topo histórico em 140.381 pontos. Na última semana, o índice fechou em queda pela segunda vez consecutiva, sinalizando possível continuidade do movimento corretivo.
Atualmente, o Ibovespa negocia abaixo das médias móveis, o que reforça o sinal de enfraquecimento do movimento comprador. Para retomar a tendência de alta, será essencial romper a região de resistência nos 139.540/140.381 pontos. Acima dessa faixa, os alvos projetados ficam em 141.740/142.535 pontos, com possível extensão até os 144.375/145.175 pontos.
Por outro lado, caso o índice perca os suportes em 136.725/134.990 pontos, poderá intensificar o movimento corretivo. Neste cenário, os próximos níveis de suporte ficam em 132.870/129.585 pontos e, mais abaixo, nos 122.530 pontos.
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Análise técnica do Dólar
No gráfico diário, o dólar futuro permanece em tendência de baixa desde que tocou a região de 6.557 pontos no fim de 2024. Desde então, o ativo renovou sucessivas mínimas, com destaque para o fundo mais recente em 5.638,5 pontos.
Apesar da tendência primária de baixa, o ativo fechou maio com alta de 0,41%, o primeiro mês positivo após quatro consecutivos de queda. No acumulado de 2025, ainda recua 9,84%. No curto prazo, opera de forma lateral, com as médias móveis sem inclinação definida.
Para retomar o fluxo vendedor, será necessário romper a faixa de suporte em 5.726/5.638,5 pontos. Abaixo dessa região, os alvos passam a ser 5.561/5.492 pontos, com projeção estendida até 5.400/5.329 pontos. Já para tentar uma recuperação mais consistente, o dólar precisará superar 5.777,5/5.830 pontos, podendo buscar 5.888/5.950 pontos e, em cenário de força, 6.054/6.199 pontos.
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Confira a análise dos minicontratos:
- Day Trade hoje: o que esperar dos minicontratos e do Ibovespa nesta segunda (02)
- Mini-índice (WINM25): confira os pontos de suporte e resistência nesta segunda (02)
- Minidólar (WDON25): Confira os pontos de suporte e resistência para esta segunda (02)
Análise técnica da Nasdaq
Após atingir a mínima do ano em 16.542 pontos, a Nasdaq iniciou um forte movimento de recuperação. No mês de maio, o índice subiu 9,04%, e no acumulado de 2025 já avança 1,56%, sendo cotado atualmente a 21.340 pontos.
No curto prazo, o índice voltou a negociar acima das médias móveis, o que sugere manutenção do fluxo comprador. Para continuar com essa retomada, será necessário romper a máxima recente em 21.340 pontos, mirando resistências em 21.611 pontos e no topo histórico em 22.222 pontos.
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Em caso de correção, o sinal de alerta será acionado com a perda da faixa de suporte entre 20.775/20.290 pontos, o que pode levar o índice a testar regiões mais baixas em 19.150/17.590 pontos, com possível extensão até os 17.000 pontos.

Análise técnica do S&P 500
O S&P 500 iniciou movimento de recuperação após atingir a mínima de 2025 nos 4.835 pontos. No mês de maio, o índice valorizou 6,15%, acumulando alta de 0,51% no ano, o que reforça o sinal de retomada da força compradora no curto prazo.
A estrutura atual mostra o ativo negociando acima das médias móveis, com potencial de continuidade caso supere a resistência em 5.922 pontos. Acima disso, os próximos alvos estão em 5.969/6.009 pontos, com possibilidade de teste na máxima histórica em 6.147 pontos.
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Por outro lado, o suporte imediato se encontra entre 5.767/5.720 pontos. Perder essa região pode intensificar a pressão vendedora, levando o índice a buscar 5.500/5.350 pontos e, em cenário mais negativo, até 5.100 pontos.

Confira nossas análises:
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- Gol (GOLL4) sobe 4% em maio até agora: reação ou leve suspiro? Entenda o que esperar
- Azul (AZUL4) despenca 70% no ano e pode renovar mínima histórica após RJ nos EUA
Análise do Bitcoin
O Bitcoin segue em tendência de alta no médio prazo, mas passa por um movimento corretivo desde que renovou seu topo histórico em US$ 111.917. Em 2025, o ativo acumula alta de 13,16%, apesar da queda de 3,05% na última semana.
Para retomar a trajetória de alta, será necessário superar a região de US$ 106.425/US$ 109.453. Acima dessa faixa, o BTC terá como resistência imediata o topo histórico em US$ 111.917, com alvos projetados em US$ 112.540/US$ 115.180.
Por outro lado, se perder o suporte em US$ 104.080/US$ 102.220, poderá intensificar a correção com alvos em US$ 98.000/US$ 92.950 e, em cenário mais estendido, até US$ 88.720.

IFR (14) – Ibovespa
O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção. Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
- O que é uma linha de tendência na análise gráfica?
- O que são médias móveis e como usá-la para estratégia de Trade
- Bandas de Bollinger: como usar e interpretar?
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.